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quarta-feira, 27 de março de 2024

Feliz Páscoa!


Nossa palavra portuguesa “páscoa” é derivada da palavra hebraica “pasach”, que significa “saltar por cima” ou “passar por sobre”.

A páscoa foi instituída quando o anjo da morte passou por sobre as casas marcadas com o sangue do cordeiro pascal, porém matou os primogênitos dos lares que não estavam marcados com esse sangue. Confira Êx 12:21 e ss. Foi a última praga divina lançada sobre o Egito. Logo após, o povo de Israel foi liberto da escravidão e partiu para Canaã.

Jesus Cristo também comemorou a páscoa, mas em sua última ceia conferiu um novo significado a ela, pois a morte e a ressurreição de Cristo, ocorridas exatamente no período da páscoa, são eventos primordiais para os cristãos. 



Isso porque Jesus é o “Cordeiro pascal” que nos concede a expiação dos pecados e o livramento dos inimigos de nossa alma, ou seja, a vida eterna!

Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado – 1 Co 5:7b.

Assim, em Cristo encontramos um êxodo que nos liberta da velha vida e da escravidão do pecado. Em Cristo, todos os homens podem se tornar filhos de Deus:

Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos – Gl 4:4,5;

transformados segundo a imagem do Filho:

Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos – Rm 8:29;

e então participantes da natureza divina:

Dessa maneira, ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça – 2 Pe 1:4.

É por isso que nós cristãos não pertencemos mais a este mundo e esperamos o dia em que chegaremos à Cidade celeste, a nossa pátria prometida, pela graça de Deus!

Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido – Ap 21:2.

Feliz Páscoa!


segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Feliz 2024, com a graça de Deus!!!

Olá meus amigos!

Neste vídeo eu compartilho com vocês alguns momentos de uma viagem abençoada que Deus nos deu pelo Rio Grande do Sul e pelo Uruguai.

Aproveito para desejar a todos um Feliz Ano Novo, repleto da paz, da graça e do amor de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

Feliz Ano Novo!

Abraços a todos!



sábado, 31 de dezembro de 2022

Feliz 2023!

Quero agradecer o carinho de todos vocês e o companheirismo de todos esses anos.
Espero continuar contando com sua simpatia! 👍🏻😄
E que possamos viver estes versículos em 2023, para que tenhamos um Feliz Ano Novo!
Abraços e que a paz do Senhor Jesus Cristo esteja com vocês!
Nill. 



sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

O sentido do Natal

Eu me lembro com carinho dos presépios que meu avô Alzino costumava montar na época do Natal, por isso gosto dessa foto. 

Mais do que isso, essa foto representa o verdadeiro sentido do Natal.

Por isso, uma vez mais, gostaria de compartilhar com vocês um texto que escrevi anos atrás sobre o Natal, na esperança que Deus os abençoe por meio dessa leitura.

Vamos lá:

Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos.E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados.Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo:Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor.Lucas 2:8-11

Tradicionalmente no mês de dezembro comemora-se o Natal, mas o que comemoramos?

Os meios de comunicação de massa trazem inúmeros programas sobre o tema falando sobre o espírito natalino, sobre a fraternidade, sobre o amor e sobre a paz. São esses os verdadeiros motivos para celebrarmos o Natal?

Os comerciantes fazem promoções, as vitrines ficam repletas de bonecos vestidos de vermelho, as pessoas ficam desesperadas à procura de presentes para dar aos amigos e parentes, afinal, isso é Natal? Será o Natal uma celebração ao consumismo? E aquele velhinho risonho vestido de vermelho? É por sua causa que comemoramos o Natal?

Parece-me que a maioria da sociedade já se esqueceu ou na verdade ainda não conhece a razão de ser dessa festa tão linda.

Realmente fraternidade, amor e paz são mensagens contidas na mensagem central do Natal, porém, sem a verdadeira razão dessa festa, tornam-se totalmente desprovidas de propósito.

Acho também que é saudável o hábito de se presentear pessoas queridas, mas, se não tivermos em mente o motivo da nossa alegria e qual a razão de querermos compartilhá-la com outros através desse gesto, o Natal será apenas mais um pretexto para agradarmos alguém.

E o Papai Noel? Bem, o Papai Noel é uma criação da mente humana inspirada em São Nicolau, bispo na Ásia Menor, que viveu no século IV d.C. Nicolau era um homem de aparência austera, mas sua reputação era a de um homem generoso e que fazia o bem. Foi essa característica da sua personalidade que deu origem ao costume de se distribuir presentes e brinquedos na época natalina.

As outras características do “Papai Noel” – gordura, espontaneidade, alegria etc. - podem ser atribuídas à história criada pelo escritor norte-americano Washington Irving, ou à narrativa de Clement Moore chamada Visit from St. Nicholas, de 1822. A imagem do Papai Noel guiando um trenó na neve e pousando sobre os telhados foi criada pelo cartunista Thomas Nast, em 1863. Como se vê o Papai Noel é uma criação humana e não a razão de ser do Natal.

Diante de tudo isso, surge então a pergunta: o que comemorarmos no Natal? Bem, acredito que a comemoração do Natal possui três aspectos:

1) É a Comemoração de Um Nascimento:
Significado: A palavra natal vem do latim "natale" e como substantivo tem o significado de “dia do nascimento”. Assim sendo, a celebração ocorrida em 25 de dezembro conhecida como Natal é a celebração do dia do nascimento de alguém. E este alguém é muito especial! Ele é nada menos do que o Filho de Deus, o Cristo, o Messias, Jesus Cristo!

2) É a Comemoração da Encarnação de Deus:
Você entende por que o nascimento de Cristo é tão especial, a ponto de ser celebrado com tanto entusiasmo pelos cristãos? Seu nascimento foi especial porque nesse dia ocorreu a manifestação de Deus em Cristo por ocasião da encarnação!

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como a do unigênito do Pai.” (João 1:14).

Ele é o próprio Deus que se fez homem!

“Ele é a imagem do Deus invisível...Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as cousas. Nele, tudo subsiste” (Colossenses 1:15a,16b,17).
“Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1:3).

Jesus Cristo é maravilhoso! Mesmo sendo Deus desde a eternidade, associou-se à humanidade através da encarnação, para que desta forma fosse seu Salvador.

“Porquanto Deus enviou seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (João 3:17).

Saiba que é através de Cristo que somos justificados perante Deus! É através Dele que “temos a redenção, a remissão dos pecados” (Colossenses 1:14) e livre acesso ao Pai!

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes” (Romanos 5:1,2).

3) É a Comemoração do Cumprimento das Escrituras:

No dia do nascimento do Senhor Jesus Cristo, as profecias foram cumpridas:

“José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o povo dos pecados deles. Ora, tudo isso aconteceu, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mateus 1:20-23).
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o seu governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
“E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Miqueias 5:2).


Jesus veio ao mundo por amar a minha e a sua vida!

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16 - Bíblia na Linguagem de Hoje).

É por tudo isso que nós cristãos celebramos o Natal. É por tudo isso que você deve celebrar o Natal. No dia 25 de dezembro devemos nos lembrar da vinda do Salvador da humanidade, Jesus Cristo, o “Mediador entre Deus e os homens” (1 Tm 2:5).

Desejo que você ouça o que o Espírito Santo de Deus deseja falar ao seu coração neste Natal por meio da sua Palavra!

“Não temais: eis que vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:10,11)

A Jesus Cristo, nosso Salvador, Senhor e Deus, louvor e glória, agora e sempre! Amém.

Feliz Natal!

Nill.

terça-feira, 1 de novembro de 2022

O Foro de São Paulo

 

Para quem não conhece o "Foro de São Paulo", segue uma descrição retirada do site do próprio movimento. 

Creio que assim será mais fácil entender as decisões que o Partido dos Trabalhadores tem tomado em sua atuação no território brasileiro. 

Você também vislumbrará os princípios que têm sido propagados durante as últimas décadas pela maior parte dos veículos de comunicação de massa de nosso país e entenderá porque eles resistem tanto aos pensamentos de direita, como liberalismo econômico, defesa da liberdade em todas as suas formas e uma visão conservadora quanto aos costumes.

Infelizmente, embora possua alguns ideais dignos de consideração, como a "distribuição equitativa da riqueza", o modelo socialista é fadado ao fracasso por causa de uma característica intrínseca ao ser humano: a natureza pecaminosa. Como diz a Bíblia:

"Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.
Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo.
Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim.
Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim.
Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus;
mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros.
Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?".

Romanos 7:18-24

Assim, devido ao pecado, em qualquer sistema político e econômico que seja empregado, sempre haverá um grupo que se colocará acima dos demais e os explorará em benefício próprio. A história recente comprovou a veracidade dessa triste realidade em governos de esquerda, como vimos nos episódios do "Mensalão" e da "Lava Jato", apenas para mencionar dois exemplos vividos em nosso próprio país.

Por isso, prefiro o capitalismo que garante a nossa liberdade, porque dessa forma, no mínimo, podemos nos proteger dos desmandos do Estado.

Enfim,  para seu conhecimento, segue a descrição transcrita do próprio site do "Foro de São Paulo":


"Criado a partir de uma convocatória dos ex-presidentes Lula e Fidel Castro a partidos, movimentos e organizações de esquerda em julho de 1990, a reunião que deu origem ao Foro tinha naquele momento o objetivo de refletir sobre os acontecimentos pós-queda do Muro de Berlim e os caminhos alternativos e autônomos pela visão da esquerda da América Latina e Caribe, para além das respostas tradicionais.

O primeiro encontro foi na cidade de São Paulo, em julho de 1990, e reuniu 48 partidos e organizações que representavam diversas experiências e matrizes político-ideológicas de toda a região latino-americana e caribenha. De lá saiu a Declaração de São Paulo (colocar link da Declaração), documento histórico que expressa a vocação, os princípios e objetivos de todos os partidos e movimentos ali presentes. Destaca-se nessa Declaração os seguintes objetivos

Avançar com propostas de unidade de ação consensuais na luta anti-imperialista e popular.

“Promover[emos também] intercâmbios especializados em torno dos problemas econômicos, políticos, sociais e culturais

“[…] em contraposição com a proposta de integração sob o domínio imperialista, [definir] as bases de um novo conceito de unidade e integração continental. 

No Encontro seguinte, realizado na Cidade do México em 1991, consagrou-se o nome “Foro de São Paulo”, dando inicio a uma caminhada rumo à construção de uma articulação latino-americana e caribenha de partidos e movimentos políticos em oposição ao neoliberalismo e ao imperialismo, comprometida com uma proposta de integração regional, a reafirmação da soberania e da autodeterminação de América Latina e Caribe e das nossas nações. 

Os Encontros seguintes reafirmaram a vontade política de continuar esta trajetória de diálogo e intercâmbio entre os diversos partidos e movimentos políticos da América Latina e Caribe. Os balanços políticos, ano após ano, mostraram a crescente influência dos partidos do Foro de São Paulo na região. Ao longo dos anos 1990, esses partidos buscaram resistir às políticas ortodoxas do modelo neoliberal e estabeleceram interlocuções importantes junto aos movimentos sociais, sindicais e populares, no bojo das campanhas contra a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e de construção do Fórum Social Mundial. Entre o final dessa década e meados dos anos 2000, diversos desses partidos chegaram pela primeira vez aos governos nacionais de seus países por meio de uma série de vitórias eleitorais históricas na região.

Nos encontros anuais do Foro, encontros sub-regionais e setoriais, sedimentaram-se as plataformas antineoliberais que se tornaram a base dos programas táticos e eleitorais vitoriosos dos partidos de esquerda e coalizões progressistas, dando condições ao Foro de São Paulo para coordenar o respaldo político regional e internacional aos governos progressistas latino-americanos e caribenhos. 

Apesar das particularidades sociais, econômicas e políticas de cada país, em linhas gerais e com graus variados, os novos governos de esquerda, progressistas e democrático-populares, conseguiram reduzir as desigualdades históricas presentes em nosso continente por meio de uma série de políticas públicas de caráter inclusivo e aplicaram diretrizes autônomas de política externa e de integração regional, que se manifestaram, por exemplo, na reorientação política do Mercado Comum do Sul (Mercosul), na criação da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). 

De 2015 para cá, no contexto da forte contraofensiva neoliberal no continente, em janeiro de 2017, o Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo apresentou ao conjunto dos partidos membros um novo documento, analisando nossa trajetória até aqui e lançando novos debates e proposições, o Consenso de Nossa América (colocar link para o Consenso). Durante o XXIII Encontro Anual, em Manágua, Nicarágua, em julho de 2017, este documento foi tomado como referência para o debate nos partidos e junto aos movimentos sociais e populares de nossa região.

Este novo documento apresenta como ponto de partida os valores e princípios que nos unem como instrumentos políticos da mudança, construídos ao longo da existência do Foro:

  1. A igualdade, a equidade e a justiça social;
  2. A democracia e a luta pela liberdade, aprofundando seu caráter popular, direto, participativo e comunitário;
  3. A unidade de nossas forças e organizações e a indissolúvel relação com nossos povos;
  4. O rechaço a qualquer expressão de fascismo, racismo, xenofobia, machismo, misoginia e homofobia, e à discriminação de qualquer origem ou natureza;
  5. A solidariedade com outras pessoas e nações, bem como a realização plena do direito à Paz;
  6. O direito de cada país a escolher o sistema político e social que seus povos democraticamente decidam;
  7. A ética, a honradez, o exercício transparente do governo e a administração dos bens públicos e coletivos e a luta sem tréguas contra a corrupção são valores das organizações de esquerda;
  8. A integração regional soberana como objetivo estratégico.

Como uma nova referência, o Consenso interpreta o momento atual como sendo de mudanças nas correlações de forças regionais e aponta nova avaliação e debate sobre as propostas da esquerda latino-americana e caribenha. Através de acertos e erros, podemos legitimar nossa luta e nossos projetos, buscando enfrentar e superar a atual situação que vivemos.

Apresenta igualmente para debate suas orientações estratégicas, partindo da ideia de que as transformações necessárias para mudar e desenvolver a América Latina e o Caribe ultrapassam um projeto nacional e requerem o desenvolvimento de uma comunidade regional com objetivos e princípios gerais e comuns, assumidos solidariamente, com atenção às particularidades nacionais.

Ressaltamos algumas das orientações para enfrentar e derrotar a contraofensiva neoliberal:

  1. Economia.

Construir um processo de integração econômica e social, de caráter soberano, visando uma perspectiva regional de desenvolvimento, complementar entre os países e aproveitando as vantagens econômicas, como recursos naturais e desenvolvimento tecnológico e científico de cada força de trabalho. A integração regional é a condição para inserir-nos soberanamente num mundo globalizado, preservando a capacidade decisória.

Um mercado interno regional deve garantir a sustentabilidade do modelo econômico escolhido e ser uma alternativa à instabilidade do mercado extra regional. Não significa isolar-nos do mundo, mas nos vincularmos a partir de melhores condições econômicas, desenvolvimento social e preservação da independência.

O Estado deve ter um papel fundamental como regulador da economia, garantindo a distribuição da riqueza e a implementação de planos de desenvolvimento econômico e social com respaldo popular e articulados com a integração regional. Não excluímos os setores privados, tanto nacionais como internacionais, mas sob a orientação de um plano de desenvolvimento orientado ao fortalecimento do mercado interno, exportação de maior valor agregado e articulado ao cumprimento das legislações trabalhistas e ambientais, entre outras.

  1. Sociedade.

A distribuição equitativa da riqueza é um dos principais projetos da esquerda. As políticas fiscais devem considerar que não existe um verdadeiro desenvolvimento sem a correspondente inclusão social, a igualdade de oportunidades e o acesso de todos os cidadãos e cidadãs aos bens e serviços socialmente produzidos.

Educação e saúde devem estar ao alcance de todos e todas, pautadas por princípios humanistas e solidários, constituindo preocupação constante dos Estados no exercício de políticas públicas e erradicação dos flagelos neoliberais, como pobreza e indigência, toxicodependência, alienação social, descuido na atenção a setores mais vulneráveis como pessoas com deficiência, anciãos e infância, assim como os historicamente discriminados, como mulheres, afrodescendentes, povos originários e comunidade LGBT.

  1. Meio ambiente.

Nosso desenvolvimento tem que ser sustentável. Devemos alcançar o equilíbrio entre a necessidade do desenvolvimento e os direitos da natureza, mudando os processos herdados ao longo dos séculos.

  1. Cultura.

Devemos avançar no desenvolvimento, fortalecimento, divulgação e enriquecimento da riqueza cultural de nossos povos, permitindo uma revalorização cultural contra os valores alienantes do capitalismo.

Trabalhar também por uma intelectualidade que foi excluída pelo poder hegemônico e que seja capaz de gerar conteúdos verdadeiramente descolonizadores, com referências culturais sólidas num mundo cada dia mais influenciado pelo consumismo e pela banalidade.

Como documento de caráter estratégico, o Consenso de Nossa América aponta para os desafios organizativos e ideológicos exigidos, como unidade de ação, profunda ligação com o povo e suas organizações, mobilização popular, necessidade de inserir as juventudes e seus sonhos nas lutas de nosso povo.  

Estrutura e funcionamento

O Foro de São Paulo, como uma articulação de partidos e movimentos políticos latino-americanos e caribenhos, na data de hoje possui 123 partidos membros em 27 países que se reúnem em um Encontro anual, e um Grupo de Trabalho composto por representações de 16 países, que se reúne periodicamente.

Possui 3 Secretarias Regionais: Cone Sul, sediada no Uruguai; Andino Amazônica, sediada provisoriamente na Colômbia; e Mesoamericana e Caribenha, sediada em El Salvador.

Por fim, temos a Secretaria Executiva, responsável por dar seguimento às decisões tomadas nas plenárias anuais e nas reuniões regionais e do Grupo de Trabalho, e é atualmente sediada em São Paulo.

Os encontros anuais reúnem, além dos partidos membros, convidados de movimentos sociais e organizações políticas de outros continentes. Dentre as atividades realizadas, destacamos as plenárias gerais; encontros setoriais: Mulheres, Juventude, Afrodescendentes, Povos Originários, Rede de Fundações e Escolas, dentre outros; oficinas temáticas: Meios de Comunicação, Luta Anticolonialista, Seminário sobre Governos Progressistas, dentre outras; e a Escola de Formação.

O Foro de São Paulo mantém uma forte interlocução com os representantes dos movimentos e organizações sociais do continente, com o objetivo de construir agendas e ações comuns, como a Jornada Mundial contra o Imperialismo, a Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo, dentre outros. Também sustentamos relações de intercâmbio e cooperação com forças políticas e sociais de outros continentes, tendo participado ativamente em várias reuniões do Fórum Social Mundial, entre outros eventos mundiais e regionais.

O Foro de São Paulo mantém da mesma forma relações políticas com outras iniciativas que aglutinam partidos políticos latino-americanos e caribenhos, como é a Conferência Permanente de Partidos Políticos de América Latina (COPPPAL) e a Coordenação Socialista Latino-Americana (CSL), bem como organizações de outros continentes".


FONTE: https://forodesaopaulo.org/breve-historico-e-fundamentos/

sábado, 29 de outubro de 2022

Antes da eleição deste domingo, assista a este vídeo.

Espero que este vídeo os auxilie na votação de amanhã.